segunda-feira, 29 de março de 2010

Fazendo Ecoar

Olá Caros Colegas de Classe,

Fui ontem na Audiência Pública na Câmara dos Vereadores, Plenário Camil Caran. Reservaram uma sala pequena que estava LOTADASSA. Creio que por volta de 150 pessoas.
Muita gente foi mostrar sua indignação com o autoritarismo da prefeitura atual.
Rafael Barros, convidado do vereador Arnaldo Godoy, representante do Movimento "Praia da Estação", disse ser incoerente em plena Praça da Estação, local público, ter o Museu de Artes e Ofícios, privado, pertencente a Sra. Angela Guitierrez( que se sente dona da praça e reclama sobre a depredação do local em relação aos eventos).De acordo com a Regional Centro-Sul da prefeitura, a restrição é válida desde dezembro de 2009 e o objetivo é evitar a depredação do local. Entretanto, a praça sendo privatizada não seria um desvio de finalidade? Ela foi criada em 2003 para grandes eventos e para a população.
"Depredação? Quem são os últimos organizadores de eventos na Praça? O que ocorreu de errado? O que foi prejudicado? Qual estágio de depredação? O que a Policía Militar tem de relatórios sobre depradações? Se não há ação até hoje na justiça quanto ao assunto, se deduz que não ocorreram depredações no local."- disse o advogado, Dudu Nicácio representante do Forúm de Direitos Humanos e do Polo de Cidadania da UFMG.
Outro ponto que Rafael tocou foi sobre como a Praça da Estação estar proibida para eventos sendo que ocorreu recentemente a Meia Maratona da Linha Verde, em que o Gov. Áecio Neves está lá promovendo, um evento com palanque e tudo mais. Não é proibido evento no local?! Mesmo sendo na via (rua) o palanque, faz parte do conjunto arquitetônico da Praça.
Rafel disse também que BH é a única cidade que tem Fundação de Cultura, algo privado, que a o povo não participa e nem tem voz. Logo ele exigiou a volta da Secretaria de Cultura.
Arnaldoy Godoy disse sobre a incoêrencia de haver evento da Nestlê, que será por agora( http://www.aberje.com.br/acervo_not_ver.asp?ID_NOTICIA=2747&EDITORIA=Campanhas), com desfile da Disney na Lagoa da Pampulha, há tantos lugares em BH, por que na Lagoa da Pampulha?! Ele mencionou ainda que houve árvores cortadas, desmatamento e poluição na Lagoa em função deste evento e a Prefeitura como se posiciona, com relação as questões ambientais?! Por que lá pode ter evento e na Praça não?
A Professora Maria Elisa Fernandes da PUC pronunciou quanto a Vitalidade e Revitalidade da Praça da Estação. Revitalidade dá idéia de tirar as pessoas do local para promoção da manutenção do mesmo. Há hoje uma perversão ideológica de Pessoas X Coisas, Obras de Arte. Hoje alguns acham que mantendo as pessoas fora do local há uma manutenção do lugar. E ela disse: "Mas as praças,obras de arte não foram feitas para apreciação das pessoas? Então como pode haver essa idéia de manter longe o público da Praça?"
Importante mencionar que a Sra. Taís Pimentel não compareceu ao debate, demonstrando, um certo desinteresse quanto a real situação ocorrente na capital mineira.
Já Sra. Ângela Guitierrez esteve presente com um discurso não convicente, como já esperado, sendo assim, como os outros representantes do Lado B.
Enfim, caros colegas, é hora de unirmos, conseguirmos apoio da classe teatral,músicos, cinema, literatura. Não podemos deixar esta situação passar em branco e ser abafado pela Prefeitura e Governo. Quem tiver contato com mídias externas:Curitiba, SP e RJ, etc... vale a pena mandar links relacionados ao drama da "Afundação de Cultura".

Atenciosamente.

Suellen Ogando
Jornalista DRT 013723/MG
Atriz DRT 6807/MG
Especialista em História da Arte e Cultura UFMG
(31) 9745-4888

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